segunda-feira, 2 de abril de 2012

A maior história de amor


A história da humanidade costuma recordar com carinho as pessoas que transformaram suas vidas em amor. Quem não se recorda da vida de Gandhi, de Luther King, Madre Teresa de Calcutá, e acima de tudo de Cristo? Definitivamente, ninguém jamais nos amou e nos ama como Deus.


Neste tempo de quaresma, a Igreja nos desperta para celebrarmos na fé a história do amor de Deus. Essa mesma história sempre ensinou que Deus tem um só projeto para a humanidade, vida justa e digna em plenitude por toda eternidade.


Para entendermos melhor a Páscoa do Senhor, precisamos mergulhar na vida de Deus. Deus é a fonte primeira e última de tudo o que existe. Cada um de nós nasceu como iniciativa única desse amor eterno de Deus através do amor de nossos pais. Esta é a verdade. Somos, cada um de nós, totalmente queridos, desejados e amados por Deus, independente de nossos méritos. “Antes de formar-te no ventre materno eu te conheci, te escolhi e te consagrei” Jr.1,5.


Quando Deus nos percebeu feridos pelo pecado de Adão e Eva e pelos nossos próprios pecados, não nos abandonou, nem muito menos nos expulsou do paraíso, pelo contrário, ainda nos assumiu comprometendo-se com nosso destino, sorte e salvação. O apóstolo Paulo nos fala: “Ó feliz culpa que nos mereceu tão grande dom, o Salvador”. O pecado de Adão e Eva, mesmo ferindo nossa relação com Deus, não nos
afastou de Deus, pelo contrário, fez e faz com que Deus mais ainda se apaixone por nós.


Assim, através dos Evangelhos, Cartas apostólicas e Magistério da Igreja, sabemos o quanto fomos e somos amados por Cristo: vivendo nossa vida, nossa história, nossos sonhos, sofrimentos, limites e fraquezas, particularmente assumindo sobre si o peso de nossos próprios pecados, sem jamais ter pecado. Enfim, na sua vida terrena nos deu o preceito do amor, tornou-se nosso servo, lavou-nos os pés, doou seu próprio Corpo e Sangue, a Eucaristia, e na total gratuidade de seu amor eterno ao Pai e à humanidade, abraçou a paixão, o calvário e a própria morte de cruz para nos salvar. E se não bastasse tanto amor, o Pai e o Filho, nos enviam o Espírito Santo para a eternidade.


Pergunto, quem nos amou e nos ama assim? Na verdade, não há história de amor que se compare a essa. Todas as histórias de amor do mundo juntas são apenas sombra ao lado do amor de Deus. Resta-nos a exclamação do Salmista “Quem és tu o homem para assim seres amado por Deus?”.





Padre Evaristo Debiasi
Assistente Eclesiástico da Ajuda à Igreja que Sofre / Brasil
Fonte: http://www.aisbrasil.org.br/

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